terça-feira, 31 de outubro de 2017

Big Blue Eyes

O Paulo tem olhos verdes, eu tenho olhos castanhos e o Francisco nasceu com olhos azuis. E sim, é nosso. É a cor mais comum na família do Paulo, ele e a mãe são as únicas excepções. Já na minha família, quase todos temos os olhos castanhos com excepção da a minha irmã e de alguns dos meus sobrinhos, que têm olhos azuis que herdaram do meu avó paterno. Apesar de ele já não estar entre nós, lembro-me bem da cor dos olhos dele: um azul claro, quase acinzentado. Quando era mais nova senti-me várias vezes revoltada com a genética, por não ter os olhos da cor dos dele! Foram os mais bonitos que vi até hoje.
Sei perfeitamente que a cor dos olhos dos bebés pode sofrer alterações. Aliás, já vi isso acontecer várias vezes. No entanto, gostava que os do Francis não mudassem. Derreto-me só de olhar para aqueles olhos bem grandes e de um tom azul lindíssimo. Sim, sou fã de olhos azuis e sempre disse que queria ter um filho de olhos azuis, apesar de achar que a genética não ia estar a meu favor. Ou será que afinal sempre está? 



segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Bebé em Viagem: Não para já!

Há mais de um mês que não saio de Estocolmo. Eu adoro viajar e visitar locais novos, por isso aproveito quase todos os meus dias livres para ir dar um passeio, nem que seja só pelos arredores. Antes de ser mãe se passasse um mês sem sair já estava a entrar em stress. Agora nem penso em ir. O Francisco ainda é muito novo para dar passeios mais longos - não que não seja possível, simplesmente não o quero sujeitar a qualquer desconforto que uma viagem lhe possa causar. Na próxima semana o Paulo tem que fazer uma viagem em trabalho, aqui na Suécia, e quer levar-me a mim e ao Francisco com ele. Como é perto e por pouco tempo, estamos a ponderar bem o assunto. No entanto em breve terá que se deslocar a Londres e, mais uma vez, quer levar-nos com ele. Eu, para já, não estou com muita vontade de meter o meu filho dentro de um avião. E, verdade seja dita, não me estou a importar nada de não sair tanto quanto antes. Tudo o que quero, neste momento, é aproveitar todos os momentos com ele. Viagens ficam em segundo plano. 



domingo, 29 de outubro de 2017

Sleep All Day, Rave All Night

Um olá cansado!
Começo a achar que o meu filho é noctívago. Ou isso ou anda com os sonos todos trocados e eu, que já começo a entrar em desespero, não sei o que fazer! Passa as noites em claro e dorme durante o dia. Eu e o Paulo vamos-nos revezando durante a noite mas é impossível não acordar quando ele começa a chorar. Durante o dia, como tenho cá a minha mãe e a minha sogra, e com a preocupação de o alimentar, dificilmente me consigo deitar a dormir de modo a descansar tudo o que preciso. Bem queria quando ele dorme, porque ando exausta, mas não consigo! 




Estamos a pensar em adquirir um porta-bebé para o Francis. Na Suécia vê-se muito os pais passearem os filhos assim tão juntinhos a eles e acho que é super querido. Ficou combinado que nesta semana vamos dar um volta para escolher um pois os modelos são imensos. Devido a conversas com amigos e conhecidos, fiquei com a sensação que normalmente todos os bebés gostam, agora falta-me saber como será com o Francis!


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Amamentar em público: sim ou não?

Hoje fui passear com o Francisco, como já tem sido habitual diariamente. No entanto hoje aconteceu algo que nunca antes aconteceu - o Francis acordou, a meio do passeio, com fome. O que é que eu podia fazer? Tentar ir para casa o mais depressa possível, com a certeza que ele iria a berrar o caminho todo, ou sentar-me num banco do parque e amamentá-lo ali mesmo? Escolhi a segunda opção e, acreditem, não foi o fim do mundo. 
Respeito todas as opiniões, principalmente quando têm fundamento, mas admito não conseguir entender muito bem quem é contra a amamentação em público. Por uma questão de privacidade faço questão de me tapar sempre com uma fralda. Faço-o não só para me resguardar a mim como para evitar constrangimento nas outras pessoas. Acredito que deve existir respeito de ambas as partes e, portanto, a nós mães não nos custa nada usar uma fralda na hora de amamentar. E, acreditem, o Francisco não sufocou nem esteve perto disso, como algumas pessoas fazem crer que pode acontecer.
Há alguns dias eu e o Paulo falamos, muito brevemente, em começar a bombear o leite materno. Para já é a única fonte de alimentação do Francisco e, assim, eu teria mais liberdade para me ausentar por algumas horas - não que eu queira sair de perto dele! No entanto, o pediatra aconselhou a não lhe dar o biberão antes de completar seis semanas, no mínimo, não vá ele deixar de querer o peito. Agora que para mim a pior fase da amamentação já passou, espero eu, não quero que isso aconteça portanto não há pressas. Um passo de cada vez. 


sexta-feira, 20 de outubro de 2017

20 dias de idade

Hello hello!
Hoje é o dia em que supostamente o Francisco devia nascer. No entanto, o meu pequeno rebelde decidiu nascer vinte dias mais cedo, trocando-nos as voltas a todos. Uns dias antes de nascer já estávamos preparados para essa eventualidade - tudo indicava que ele não ia aguentar até hoje sem sair - mas todos os planos a nível familiar já tinham sido feitos para o dia de hoje. 
A minha cunhada, que também vive em Estocolmo, não estava cá. A minha mãe e a minha sogra tinham viagens marcadas para o dia quinze de Outubro. Ou seja, quando ele nasceu eu e o Paulo estávamos cá sozinhos - não querendo desvalorizar todas as ofertas de apoio por parte de amigos que temos cá mas, vamos ser sinceros: não é bem a mesma coisa! Foi uma sorte, para mim, a minha sogra ter chegado antes de ter saído do hospital. Não vou exagerar e dizer que não ia ter conseguido sobreviver sem ela nas primeiros dias em casa mas o apoio que tive da parte dela foi fundamental. E nós precisávamos disso. Precisávamos de ter alguém da família e experiente connosco, visto que quando nasce o primeiro filho aparecem dúvidas e receios a cada segundo. 
A minha mãe, no entanto, não conseguiu vir mais cedo e chegou esta semana. Na pior altura para me aturar. Ando de rastos, mal humorada e super deprimida. Eu bem disse que ia ficar de ressaca, depois daqueles dias cheia de energia. Agora é só esperar que passe. 
Dá para acreditar que daqui a onze dias o Francis já celebra um mês de vida? 



segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Os Primeiros Passeios

Antes de ser mãe ficar um dia inteiro fechada em casa era uma tortura. Tinha que sair sempre um pouco, nem que fosse só para ir passear os cães à rua. No entanto, desde que o Francisco nasceu, estou tão focada nele e em todas as novidades da maternidade que nem me apercebo que passo dias e dias sem sair. Aproveito alguns bocadinhos para ir ao jardim ou simplesmente à varanda apanhar um pouco de ar mas estou numa fase em que sinto que aqueles minutos sem estar junto ao meu filho, principalmente quando ele está acordado, são perdidos.
Ontem o bom tempo levou, finalmente, a melhor. Já estava na hora de levar o Francis a passear pela primeira vez e aproveitamos que estávamos todos em casa para o fazer. Fizemos um passeio curto e soube-me pela vida. Tanto que hoje arrisquei ir sozinha com ele e estou a planear fazê-lo diariamente, se for possível. Faz-nos bem sair de casa, respirar ar fresco e, a mim, caminhar um pouco. 


quinta-feira, 12 de outubro de 2017

So It Begins

O Francisco dorme. Na minha cabeça entoam os conselhos que me foram dados pela minha sogra e basicamente toda a gente que já foi mãe: "dorme quando o bebé dormir". O problema é que apesar de parecer algo fácil de fazer, não é. Não sei se é problema meu, visto que nunca ouvi nenhuma mamã relatar este acontecimento, mas nos últimos dias ando cheia de energia. Ando eléctrica. Café a mais? Talvez sim, ou talvez seja a excitação de ter sido mãe há tão pouco tempo. Depois de passar uns dias deprimida, em que sentia que todo o mundo estava contra mim, passei de oito para oitenta. O que eu sei é que daqui a uns dias se vai abater em mim uma ressaca sem fim. Sei que ela está próxima, já a sinto chegar, mas continuo a ter esperança que seja uma coisa muito leve. Mas não vai ser. Até lá decidi aproveitar parte desta energia para me dedicar a um blogue - uma ideia louca visto que duvido que vá ter tempo para isto. E nada melhor do que voltar às origens e ver no que isto vai dar.